10 Filmes de Natal na Arte Norte Americana
Este dezembro, o pessoal do Smithsonian American Art Museum, organizou Noites de Cinema para assistir a alguns filmes clássicos de Natal, favoritos da generalidade dos apreciadores do género.
Selecionaram-nos e assistiram, procurando ver semelhanças entre os filmes e obras de arte da coleção do Museu.
O resultado, é a seleção que se segue.
ELF – O FALSO DUENDE (2003)
“Nós elfos tentamos manter-nos fiéis aos quatro principais grupos alimentares: doces, bengalas doces, pipocas doces, e xarope”.
— Buddy o Elfo

SOZINHO EM CASA (1990)
“Ei, eu já não tenho medo! Eu disse que já não tenho medo! Estão a ouvir-me? Já não tenho medo!”
— Kevin McCallister

Ao longo de trinta anos, o pequeno Kevin McCallister tem defendido a sua casa dos bandidos ineptos e incompetentes, usando quaisquer armas que pudesse improvisar a partir de artigos domésticos e elétricos.
Felizmente para os ladrões Marv e Harry, a família McCallister não tinha nenhum ferro de engomar de Man Ray.
QUE PARÓDIA DE NATAL (1989)
“Que som é este? Está a ouvir? É um zumbido engraçado.”
— Tia Bethany

Há tantas personagens humanas loucas e memoráveis em Que Paródia de Natal, que é difícil escolher uma para falar. Clark Griswold! O primo Eddie! o Tio Lewis! Todd e Margo! Então, em vez disso, concentremo-nos nos fantásticos animais, já que há vários. Nesta categoria, o ladrão de cenas de todos os tempos (na minha opinião) apresenta-se sob a forma de um esquilo improvavelmente devorador de homens e que magicamente desafia a gravidade. A besta sai da árvore de Natal como se tivesse sido lançada por uma fisga, para um coro de gritos de filme de terror – e risos da audiência.
O Squirrel in Tree de Hilda Katz pode ser confundido com o seu gémeo roedor.
FIEVEL – UM CONTO AMERICANO (1986)
“E para ti, Fievel, um novo chapéu. E não apenas um chapéu novo qualquer. Um chapéu novo que está na família há três gerações.”
— Pai Mousekewitz

Este musical começa durante a celebração Hanukkah da família Mousekewitz, onde o pai rato dá um presente importante ao seu pequeno filho Fievel e canta-lhe sobre a promessa de vida num Novo Mundo, e a garantia de que “não há gatos na América, e as ruas estão pavimentadas com queijo”. Hmmm, estes ratos do campo do velho mundo terão muito a aprender quando chegarem à cidade de Nova Iorque.
Embora muitos filmes musicais de animação mais alegres e famosos tenham sido lançados nas décadas seguintes, este mantém um toque suave, embora melancólico, de Natal. Basta tentar ouvir Somewhere Out There durante este ano de distanciamento social e não ficar um pouco “embaciado”.
O AMOR ACONTECE (2003)
“It’s coming on Christmas
They’re cutting down trees
They’re putting up reindeer
And singing songs of joy and peace
Oh I wish I had a river I could skate away on”
— River de Joni Mitchell

Uma vez que já estamos a ficar enevoados, deixêmo-nos olevar pelos sentimentos e patinemos num rio de lágrimas, como faz a personagem de Emma Thompson, Karen, quando descobriu que o marido Harry (Alan Rickman) a traía. A cena memoravelmente devastadora neste romântico de Natal é um aviso de que, por vezes, o desgosto do coração e as festividades andam de mãos dadas.
DIE HARD – ASSALTO AO ARRANHA-CÉUS (1988)
“Se esta é a ideia deles de Natal, eu tenho de estar aqui para o Ano Novo.”
— Argyle, condutor da Limousine

Pronto para esquecer as lágrimas, e abraçar uma saudável dose de vingança?
Depois de ver Alan Rickman, como cruel traidor em O Amor Acontece, há algo de simplesmente catártico ao vê-lo explorar a sua vibração maligna – e vir a conhecer o seu destino – no Edifício do Nakatomi Plaza.
Reconheçamos frontalmente a existência de todo um mundo de debate online sobre se Die Hard – Assalto ao Arranha-Céus é ou não um filme de Natal, no qual não precisamos de entrar, embora se possa adivinhar a partir da sua inclusão nesta lista, qual o lado do debate que adotamos. (N.da R. – Nós, no A&c também.)
Uma “rabbit hole” (1) mais agradável e menos controversa, na Internet, consiste em observações sobre a forma como o título do clássico de Bruce Willis foi traduzido para outras línguas. Por exemplo, intitula-se Die Slowly (Morre devagar) em alemão. Em grego é Very Hard to Die (Muito Difícil de Morrer). O espanhol dá-nos o título evocativo, Selva de Vidro, e em português Assalto ao Arranha-Céus (introduzido pelo A&c) . Mas talvez o meu favorito seja a tradução norueguesa, Action Skyscraper (livremente, Ação no Arranha-Céus), que ganha o prémio pela clareza na definição de expectativas.
Skyscraper, de 1928 de Howard Cook’ é sem dúvida também digno do título Action Skyscraper, sombrio e ameaçador num céu tenebroso.
(1) Quando aplicado no contexto da Internet, rabit hole (toca de coelho) refere-se a um tópico de discussão extremamente absorvente e longo.(N.da R.)
GRINCH (1966)
“Você é um monstro, Sr. Grinch
O seu coração é um buraco vazio
O seu cérebro está cheio de aranhas, o senhor tem alho na alma, Sr. Grinch”

Talvez todos os cães vão para o céu, mas penso que podemos concordar que deve haver um extra de jóias na coleira celeste de Max o Cão, companheiro do Sr. Grinch de alma de alho, fofinho como um cacto. Leal e fiel ao seu indigno amo, muito bom rapaz Max tolera inúmeras indignidades sem se queixar. All Good Dogs de Raya Bodnarchuk, esculpido em pinheiro branco, capta a essência deste espírito canino universalmente angelical. Veja mais cães bons na colecção de SAAM.
UMA HISTÓRIA DCE NATAL (1983)
“Vais disparar para o teu olho miúdo.”
— armazém do Pai Natal

Com quase um século de idade, esta cena de um fotógrafo não identificado, Boy with Toy Gun (Menino com Espingarda de Brinquedo) , tem sombras de Ralphie e sua procura de espingarda de ar modelo “Red Ryder Carbine action, 200 tiros, com uma bússola e esta coisa que diz o tempo”.
Note-se que embora seja uma obra “indescritivelmente bela”, por alguma razão o Smithsonian American Art Museum não a considera um orgulho da coleção.
FELIZ NATAL, CHARLIE BROWN (1965)
“Nunca pensei que ela fosse uma arvorezinha tão má. Na verdade, não é nada má. Talvez só precise de um pouco de amor.”
— Linus Van Pelt

O desenho de Joseph Stella, Pine Tree, de 1919, transporta as vibrações da árvore Charlie Brown. Um pouco franzino, não convencionalmente bonito, mas cheio de alma … e um bocado lamechas.
DO CÉU CAIU UMA ESTRELA (1946)
“Estranho, não é? A vida de um homem toca tantas outras vidas. Quando está ausente, deixa um buraco horrível, não é verdade?”
— O anjo Clarence

Não é difícil imaginar como é que esta gravura a preto e branco, The Sleigh Ride, possa retratar a pitoresca cidade fictícia de Bedford Falls, cenário do clássico de Natal sentimental de Jimmy Stewart. Alguns fãs acreditam que o realizador Frank Capra se inspirou na comunidade de Séneca Falls, Nova Iorque, outra cidade tranquila.
Este artigo foi traduzido do original em inglês por Rui Freitas
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O artigo original foi publicado em @Eye Level Blog
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