Acromegalia ou Gigantismo

Jaime Roriz Advogados Artes & contextos

Acromegalia

O Cantor de Ópera espanhol, Rubén Amoretti (1964) que agora interpreta no Teatro Nacional de São Carlos, o papel de

Méphistophélès (O Diabo), já foi Tenor ligeiro e progressivamente, mudou de timbre de voz,  passando a ser Barítono e atualmente

canta e faz carreira como Baixo profundo! Caso único no mundo da ópera.

Mas o que se passou realmente?

Desde 1990 que Amoretti cantava como Tenor, arias como Una Furtiva Lagrima, até que em 1998, com 36/37 anos começou a perder

as notas agudas progressivamente e, numa noite sentiu o timbre da voz mais escuro e grave, até dar um Ré grave. Procurou o célebre

cantor Cesar Siepi e começou a ter aulas com ele. Afinal que tinha acontecido? Um espectador que era médico, dirigiu-se a ele no

final de um espetáculo e alvitrou que o cantor, teria um tumor na hipófise. Efetivamente ele acabou por fazer uma cirurgia, ao

verificar-se que sofria de acromegalia, uma condição que é provocada pela produção excessiva da hormona do crescimento devido à

presença de um tumor (sempre) benigno ou não cancerígeno. Esta condição origina um crescimento da laringe, dos ossos cranianos,

das mãos e, sobretudo das cordas vocais. As cordas vocais de um Baixo têm a dimensão de 24 a 26 mm, as de um Tenor 20 a 22

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mm e do Barítono 22 a 24mm.

Daí para a frente Ruben Amoretti, já interpretou a aria Ella giammai m’amo da Ópera D. Carlos de Verdi e agora no São Carlos o papel

do diabo Méphistophélès em Faust.

Trata-se assim, de um caso singular e inusitado, no mundo do Canto Lírico!