Pedro Correia
ou como o cientista e o artista podem coabitar a mesma mente
Pedro Miguel Alves Ribeiro Correia é Licenciado em Estatística e Gestão de Informação pela Universidade Nova de Lisboa (NOVA), Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa (ULisboa) e Doutorado em Ciências Sociais (Especialidade em Administração Pública) pela Universidade Técnica de Lisboa (UTL).
É Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), Investigador Integrado do Instituto Jurídico e Consultor da Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ), Ministério da Justiça. É ainda Vice-Presidente da Secção de Administração Pública da Sociedade de Geografia de Lisboa e membro do Conselho Consultivo do Observatório de Cibersegurança, do Centro Nacional de Cibersegurança. Conta com 170 artigos científicos publicados em revistas especializadas, para além de outras numerosas produções científicas.
O começo da sua produção artística remonta ao início do século XXI. Possui mais de sete dezenas de obras concluídas, mais de 30% das quais atualmente pertencentes a coleções privadas.
Situando-se entre pinturas a mais de duas dimensões ou esculturas que não chegam verdadeiramente a ser tridimensionais, os seus trabalhos fazem uso de técnicas mistas e de materiais como tinta acrílica, tinta a óleo, estanho, gesso, fibra de vidro, madeira ou papel.
O Professor Richard Feynman, Prémio Nobel da Física em 1965, e um dos vultos científicos do século XX, era também conhecido pelos seus talentos menos visíveis como o desenho ou a música (era tocador de bongó. Numa das sessões das suas Messenger Lectures, na Universidade de Cornell, em 1964, o apresentador fez questão de mencionar que Feynman costumava frequentar os clubes noturnos de Los Angeles e que assumia, ocasionalmente, o lugar do baterista. Em resposta, Feynman observou que era estranho, mas que nas ocasiões, em que tinha sido convidado para tocar bongós em locais formais, os apresentadores nunca sentiam necessidade de mencionar que ele também se dedicava à física tórica, e acreditava que provavelmente isso ficava a dever-se ao facto de respeitarmos mais as artes do que as ciências.
Muitas vezes, os homens e mulheres da ciência jurídica são vistos pela sociedade como seres unidimensionais, pouco inspirados, frios e insensíveis. A realidade, porém, está mais próxima do seu contrário. Muitos académicos e cientistas animam, na verdade, personalidades ricas e multifacetadas, com conhecimentos detalhados e profundos sobre cultura, e espírito cultural empreendedor nas suas mais variadas facetas: artes plásticas, cinema, literatura, música ou desporto. De tal modo assim é que se torna viável arrogar que é imensamente mais fácil um cientista tornar-se um artista do que o seu contrário. O artista é livre para criar. O cientista encontra-se constrangido pela realidade.
Os trabalhos de Pedro Correia poder ser apreciados em God’s Lab, o website do artista/cientista (ou vice-versa).
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