O que faz um grande compositor? Artes & contextos o que faz um grande compositor

O que faz um grande compositor?
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27 de Maio, 2022 0 Por Artes & contextos
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Também o tempo torna tudo relativo.

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O maior compositor

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Em alguns aspectos, esta é uma escolha única para cada um de nós. Posso considerar W.A. Mozart como sendo o maior compositor que alguma vez viveu, ao passo que se pode achar que a distinção deve ser legitimamente atribuída a Robert Schumann.

 

 

Até certo ponto o que é óptimo para vada um depende dos seus gostos, experiência, disposição e talvez até dos seus conhecimentos de música.  Alternativamente, poderíamos adotar as conclusões dos estudiosos e críticos de música que subscrevem aquela longa lista de grandes compositores clássicos que frequentemente informam e dão cor às nossas opiniões.
Não devemos ignorar o facto de que ao colocarmos compositores numa espécie de classificação com alguns no topo, enquanto outros definham nas profundezas do desconhecido, existe o perigo de se perderem algumas belas músicas.

 

O que faz um grande compositor

 

Poderia ser frutífero considerar que atributos poderíamos esperar de qualquer compositor que seja chamado ‘grande’. Se sentirmos que a produção em termos de pura quantidade é fundamental, compositores como Franz Schubert, W.A. Mozart, e Joseph Haydn saltavam imediatamente para a linha da frente.
Sabemos que W.A. Mozart completou mais de seiscentas composições na sua breve vida. Haydn tem mais de uma centena de sinfonias e numerosas outras obras.
Schubert deixou um reportório de mais de mil canções, mais nove sinfonias e inúmeras outras peças. A questão que naturalmente surge deste critério único é como sabemos que todas essas muitas composições eram dignas de ser chamadas grandes? É outro dilema.

Devemos colocar a capacidade técnica lá em cima com a produção? Aqui deparamo-nos com mais dificuldades, pois o que era considerado uma técnica essencial na Renascença não é necessariamente paralelo com o que teria sido aplaudido na Era Romântica, ou mesmo nos dias de hoje do século XXI.

Mesmo avaliando compositores durante o mesmo período, ainda há desenvolvimento musical durante esse período de tempo que poderia deslocar a ênfase de algumas técnicas para outras mais recentes.

Poderemos colocar frente a frente a técnica de J.S. Bach e a de Antonio Vivaldi e concluir razoavelmente que um dos compositores é maior do que o outro?

 

 

A forma como a cultura popular distingue o grande do resto é permitindo que o público decida. Claro, há promoções de peso que manobram a cultura popular, além da influência dos meios de comunicação, mas em última análise, as pessoas optam por comprar, transmitir, e descarregar certas faixas. Estes fornecem dados estatísticos bastante claros que todas as semanas dão gráficos para singles e álbuns nos EUA e no Reino Unido. O que é ‘grande’ pop music  são as faixas que vendem e geram receitas para os artistas e gravadoras.

Aplicar esta regra aos compositores de música clássica é pelo menos mais desafiante quanto mais para trás no tempo musical se viaja. É possível, no entanto, saber qual a música do compositor que mais resistiu e pode ser tomada como uma medida de grandeza?

O risco aqui é que isto pode não refletir exactamente a popularidade de um compositor durante o tempo em que viveu. Isto significa que já não são grandes ou que a verdadeira grandeza implica longevidade popular?

Muitos compositores que gozaram de popularidade durante as suas vidas caíram na obscuridade pouco tempo depois. Confiamos nas tendências ou na moda para ditar a grandeza?

Há algo a dizer para se fazer uma comparação entre grandeza e ‘originalidade’. Sei que isto abre outra caixa de Pandora, mas decidir a grandeza por outros meios está a revelar-se insatisfatório. Por que a originalidade de um compositor pode ter peso nesta discussão é porque são estes desenvolvimentos ou saltos quânticos feitos por estes compositores que permitem o crescimento de novas músicas.

Não é tanto que um compositor fosse capaz de espelhar sem falhas as expectativas estilísticas da sua época, mas sim como eles foram contra a maré da moda e esculpiram o seu lugar único na música. A sua contribuição através das suas abordagens não convencionais à composição musical permite aos futuros e mesmo aos compositores contemporâneos levar a tocha para fases futuras de desenvolvimento musical.

Ludwig van Beethoven, eu sugeriria, é precisamente um compositor que sob este critério mereceria o título de grande.

O trabalho de Beethoven em direcção aos períodos médio e posterior da sua vida foi inigualável e sem precedentes. As suas inovações foram notáveis e abriram o caminho para tantos compositores da próxima geração e para além dela.

À mesma luz, estão estes compositores cuja voz é algo orgânico. Com isto, quero dizer que eles não tentaram esculpir um nicho para si próprios e depois simplesmente permaneceram lá até deixarem de escrever. Em vez disso, estes ‘grandes’ compositores desenvolveram o seu som a cada passo do caminho, nunca permitindo que a sua música permanecesse inalterada. Aspiraram a lutar constantemente por algo diferente, a desafiar as convenções, e ainda assim permanecer fiéis aos seus ideais.

Este nível de convicção e dedicação à composição, particularmente se levar a tal inovação e progresso deve contar para uma proporção significativa da grandeza de um compositor.

Um compositor que vem à mente quando se chega a este ponto é Igor Stravinsky. Apesar da sua popularidade inicial com ballets como ‘Petrushka’ e o ‘Firebird’, ele não se contentou em continuar a compor da mesma forma.

 

 

 

Stravinsky produziu a seguir um ballet chamado ‘O Rito da Primavera’ (1913), que não poderia estar mais longe das suas obras anteriores do que se tivesse empregado outro compositor para o escrever.

 

 

Conteve um motim enorme e bem documentado quando foi realizado pela primeira vez. Stravinsky evoluiu constantemente absorvendo as tendências atuais, novos estilos, e outras culturas na sua música. Algumas das composições tiveram mais sucesso que outras mas, para mim, a sua grandeza reside na sua dedicação de toda a vida ao aperfeiçoamento, desenvolvimento e impacto na futura geração de compositores.

Acabarei como comecei com a proposta de que o que é óptimo para uma pessoa pode não ser óptimo para outra quando se pensa em grandes compositores. Quando a pergunta é colocada e se dá uma vista de olhos realmente atenta, talvez não seja assim tão fácil ter a certeza da resposta.

Eu sei quais os compositores que sinto que são grandes e porque são importantes para mim e que podem ser um bom ponto de partida para começar, se estiver a fazer a si próprio a mesma pergunta.

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O artigo original What Makes A Great Composer?, foi publicado @ CMUSE – Classical
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Jaime Roriz Advogados Artes & contextos