Cláudia Ferro
Cláudia Ferro e as suas Mulheres de Olhos grandes, Olhos que observam, que sofrem em silêncio, mas também seduzem.
Utilizando o desenho como instrumento e contado de histórias a artista percorre a alma feminina traz para a ribalta assuntos fechados em gavetas trancados a sete chaves e desperta os nossos sentidos para algo que normalmente achamos que só acontece aos outros mas que por vezes esta na porta ao lado.
MULHER
de todas as raças!
Altas, baixas, bonitas ou feitas, gordas ou magras,
Mulher , simplesmente mulher !
Mãe, filha, neta, sobrinha, afilhada e tantos outros nomes.
Mulher, este é o teu dia,
um dia como tantos outros, porque tu,
MULHER estás sempre presente, atenta a cada detalhe, a cada pessoa.
Porque tu
MULHER
És o centro do Universo
Felina, guerreira e por vezes matreira!
Percorres, com a alma humana todas as rotas da vida
e com coração nas mãos, vais derrubando todos os muros e vencendo todas as fronteiras!
Mulher … simplesmente …. Mulher
menina, moça, mulher
és vida em flor.
Por onde passas, encantas,
de cabeça erguida e com orgulho, do que és!
Mulher … simplesmente …. Mulher
De cabelo ao vento, com pelo na venta, não há nada nem ninguém que te diga o que queres da vida.
Porque tu sabes o que queres, o que procuras e aonde queres chegar.
Quando te olhas ao espelho, vês as derrotas, as vitórias, as alegrias e as tristezas,
mas vês sobretudo o querer de uma vida, vivida e por viver.
E Querer é Poder e Tu podes Tudo!
Mulher … simplesmente …. Mulher
de olhar doce, meigo, e por vezes amargo!
sempre apaixonada
Mulher … simplesmente ….
MULHER

O seu percurso pessoal, académico e profissional, na área da Psicologia Clínica e Criminologia, com experiência em clínica e em intervenção forense, nomeadamente na área da violência doméstica, influenciaram uma série de obras em carvão, a preto e branco, que abordam a violência sobre a mulher”.

Violência é SEMPRE Violência!
Seja de casais, pais, filhos, namorados
E por vezes esquecida e pouco falada de irmãos para irmãos.
Violência é SEMPRE Violência!
Seja física, verbal, sexual, doméstica, e tantas outras formas.
Violência é SEMPRE Violência!
Em casa ou no trabalho.
Violência é SEMPRE Violência!
Mesmo que seja cultural como a genital mutilação.
Violência é SEMPRE Violência!
E por norma exercida sobre o mais fraco: criança, idosos, mulher ou homem….
Violência é SEMPRE Violência!
Seja rico ou pobre, não tem cor, religião, cultura, estado civil.
Violência é SEMPRE Violência
Os corpos desnudos, esguios, magros e recolhidos, transportam- nos para o drama de todas as pessoas que sofrem em silêncio, sim em silêncio, mesmo que gritem a sua dor ao mundo através do seu corpo e gestos





Mas nem tudo são amarguras, linhas se sobrepõem, e entrecruzam numa dança sublime e se envolvem num manto de cor onde o prazer se sobrepõe à dor e imprimem na folha de papel toda a paixão, e nos fazem viajar num ato de amar.

dois olhares,
SEDUSO
e me deixo seduzir
AMO!
a vida, amo-te, mas acima de tudo amo-me a mim própria.
No verde do teu olhar
rodopio ao som da musica
Confundido realidade e fantasia, céu e mar,
Sinto-me impotente … nos teu braços!
É noite,
Noite cerrada,
No breu da escuridão me ilumino
e com o olhar percorro as estradas do teu corpo,
…
Despeço-me! Com uma frase de William Shakespeare
“Toda despedida é dor… tão doce todavia, que eu te diria boa noite até que amanhecesse o dia.”
E de uma necessidade intrínseca do ser humano de transmitir o que sente seja real ou abstrato, o desenho se transforma em vida para nosso deleito. Normalmente associado á figura humana. Esta forma de representação gráfica ganha impulso a partir dos séculos XVII e XVIII, embora não de forma consensual, pois havia duas correntes os desenhistas seguidores do pintor francês Poussin e os coloristas seguidores de Rubens. Só no século XIX com a arte contemporânea que esta forma de desenhar/pintar foi considerada como “uma expressão máxima de liberdade formal e conceitual” in História do Desenho – Cola da Web.
Todos os textos poéticos de Olivia Maria da Costa
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Arquitecta de formação e de paixão, também escrevo palavras sobre arte, exposições, artistas, galerias, museus… sobre o momento, sobre que me apetece seja em prosa, poesia ou misto das duas.