Barbara Norris
Barbara é pintora, mas é também uma artista multifacetada. Pinta sobretudo a acrílico sobre tela, mas também a aguarela, desenha e tem uma associação indelével à música como produtora associada do nosso amigo Richard Sorce, seu marido. Em conjunto, chegaram a formar em tempos uma equipa de compositores com alguns sucessos.
A sua criatividade e sentido artístico associadas ao talento para desenhar, revelaram-se ainda em criança, com os lápis de cor. Frequentou a escola primária progressiva do Hunter College para crianças dotadas, passou um Verão no workshop de música e arte Indian Hill e estudou com Marius Sznajerman. Ganhou um concurso para estudar na Universidade de Nova Iorque durante o seu último ano do liceu e foi premiada com uma bolsa de estudo na NYU, mas decidiu estudar na prestigiada Rhode Island School of Design onde ganhou um BFA.
É extremamente prolífica e raramente para. Com a mesma prontidão pinta uma natureza morta, um retrato ou uma paisagem e com igual facilidade cria uma obra abstrata ou neo-surrealista.
Rejeita a ideia de influência, e cita Van Gogh e Yves Tanguy como inspiradores.
Arte & contextos – Quando sente a vontade de pintar, e mergulha na tela, já sabe se vai “falar” em abstrato, em surrealismo, ou em alguma forma mais figurativa?
Barbara Norris – Durante os últimos sete anos, tenho “falado” apenas em abstrato quando pinto.
A&c – Quais são normalmente as suas fontes de inspiração, ou de outra forma, o que o empurra mais frequentemente para a tela?
B.N. – Quando começo um abstrato, tendo a entrar num estado meditativo semi-sonho e silencioso, e, não tenho nenhuma ideia preconcebida para o assunto até que este comece a emergir de um desenho intuitivamente solto. Padrões na natureza podem surgir, abstrações de aves podem surgir, mas em última análise, nada é forçado – a arte não pode ser forçada; se for, não é arte – e finalmente, quando uma ideia se materializa, seguem-se vários dias no refinamento da composição, assim como refinamentos de cor e textura.
A&c – A tua relação íntima com a música reflete-se de alguma forma na tua pintura?
B.N. – Como sabes, tenho uma profunda ligação com a música, mas quando estou a pintar, o meu estúdio deve ser mantido despojado de quaisquer distrações; a música cairia certamente nessa categoria. Quando estou a trabalhar, o meu foco é inteiramente dirigido ao meu trabalho; para mim, qualquer tipo de distração resultaria numa sobrecarga sensorial.
A&c – As tuas pinturas, mesmo as abstratas, são de alguma forma narrativas? Ou, podem ter uma narrativa subjacente?
B.N. – Embora a “história” seja pessoal, é sempre a minha esperança que o observador crie a sua própria narrativa do trabalho acabado.
A&c – Alguma vez, ao longo da sua vida, teve de escolher entre Arte e algo mais?
B.N. – Felizmente, na minha vida, nunca tive de escolher entre Arte ou outra coisa qualquer; a pintura foi sempre a minha paixão. O maior apoiante do meu trabalho é o meu espantoso marido, Richard. Ele proporcionou-me um ambiente onde eu posso ser tão criativa quanto a minha imaginação permite. Poucos artistas são assim tão afortunados.
Os seus prémios são numerosos e aglumas das suas obras fazem parte de coleções privadas e de empresas como a Merck Pharmaceuticals. Alguns dos seus prémios incluem: O Prémio Binne Smith, The Ridgewood Art Institute-First Prize
As suas obras forame xpostas na Galeria Branca; Primeiro Prémio, Exposição Individual Tri-State no Ramapo College, NJ; uma exposição individual de dois meses na Universidade Fairleigh Dickinson; Galeria de Belas Artes de Essex; o YW-YMHA em Wayne, NJ; Galeria Recente Exposição-Galerie Chiz, Pittsburgh, PA.
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Jornalista, Diretor. Licenciado em Estudos Artísticos. Escreve poesia e conto, pinta com quase tudo e divaga sobre as artes. É um diletante irrecuperável.