MotelX

MotelX 2021 – Epílogo
0 (0)

17 de Setembro, 2021 0 Por Laura Carvalho Torres
  • 5Minutos
  • 903Palavras
  • 99Visualizações
Também o tempo torna tudo relativo.

Este artigo foi inicialmente publicado há mais de 2 anos - o que em 'tempo Internet' é muito. Pode estar desatualizado e pode ter incongruências estéticas. Se for o caso, aceita as nossas desculpas.

15º MotelX – Epílogo

 

 

2021 foi um ano de maior esperança, mais liberdades, e de uma mais habituada convivência com a pandemia que nos assola há basicamente dois anos. O MOTELX continua a afigurar-se como uma figura central na divulgação e proliferação da cultura cinematográfica na cidade de Lisboa, contornando, da melhor forma possível, as adversidades e, recorrendo a inúmeros esforços para conseguir sacar, mais uma edição de grande sucesso.

 

motelX

Átrio do 1º andar, Foto © MotelX

 

Este ano, começamos pela Premiére MotelX 2021 no dia 20 de julho e uns dias antes do início do Festival, sentámo-nos na esplanada da Cinemateca, em Lisboa, à conversa com Pedro Souto e João Monteiro, dois dos criadores e diretores do MOTELX. Ali falou-se do festival, desta 15ª edição, e de alguns aspetos mais pessoais, dando-vos a conhecer um pouco das figuras por detrás deste festival.

Durante 7 dias por lá andamos, e muito gostámos. Um trabalho realizado por Laura Torres, na cobertura e reportagem, e Rui Freitas, também na cobertura, e edição, vimos surpreendentes filmes, e trouxemos-vos algumas apreciações: The Lodger, After Blue, Run, The Night House e Sweetie, You Won’t Believe It.

 

MotelX Plateia Sala Manoel de Oliveira

Plateia Sala Manoel de Oliveira, Foto © MotelX

 

Com filmes de diversas geografias, desde a África do Sul, Irão, até ao Cazaquistão, os galardoados desta edição foram: The Feast, de Lee Haven Jones (Reino Unido, 2021), com o prémio Melhor Longa de Terror Europeia / Méliès d’argent; O Nosso Reino, de Luís Costa (Portugal, 2020), com o prémio Melhor Curta de Terror Portuguesa; Um Fio de Baba Escarlate, de Carlos Conceição, (Portugal, 2020), com uma Menção Especial (Serviço de Quarto); Bloody Oranges, de Jean-Christophe Meurisse (France, 2021), com o Prémio do Público; The Thing that Ate the Birds, de Sophie Mair e Dan Gitsham, (Reino Unido, 2021), com uma Menção Especial (Curtas Internacionais); Casa D’Visconde, de Chila Cunha (Portugal, 2021), com o Prémio Micro-Curtas 2021.

Tudo, como já é habitual, começou com os Warm-Up Events, que voltaram a representar um sucesso. O público aderiu em força ao story telling Rapsodo, que, com uma plateia cheia, uniu o folclore, através das vozes de diversos artistas, e cuja musicalidade foi levada a cabo por NOISERV. Houve ainda, a presença das artes plásticas com a exposição de Edgar Pera VISÕES DO EGO curada por Julita Santos e com a banda sonora a cargo de Artur Cyaneto, que estará patente até 3 de outubro, no Cais do Sodré, em Lisboa. O último dos eventos foi a sessão ao ar livre, com o visionamento de Bubba Ho-Tep, de Don Coscarelli, no Largo Trindade Coelho, em Lisboa.

 

MotelX WarmUp

WarmUp no Largo Trindade Coelho , Foto © MotelX

 

Houve ainda workshops e palestras dedicadas ao terror, folclore e ao seu culto. Nuno Markl, fã e conhecedor de cinema e literatura de terror apresentou a leitura encenada de Conta-me, escuridão, livro de Mafalda Santos. A encenação foi feita por Adriano Carvalho, Mafalda Santos e Vítor Emanuel, com uma performance musical de David Benasulin, Luís Fonseca e Ana Freitas. Houve, também outro momento literário com a apresentação do livro Os Contos mais épicos de Conan, de Robert E. Howard. A edição de colecionador conta com o trabalho de 23 ilustradores.

Pelo MOTELX Lab, Making Genre – From Concept to Distribution; e A Trilogia (Inacabada) do Ultramar: Conversa com Tino Navarro e Joaquim Leitão, permitiram com que os aficionados pudessem ver além das obras cinematográficas, e vê-las desconstruídas, de uma forma mais crua e literal. Também por lá, tivemos o “Painel Fúria Assassina”, um interessante debate com Ana Moreira, Jorge Martins Rosa, Inês Lourenço e João Monteiro, moderado por Carolina Franco. Segundo a nota de imprensa: “O prazer no olhar tem sido dividido entre ativo/homem e passivo/mulher (…) a análise sai da tela e desafia diferentes agentes do circuito cinematográfico para pensar e debater o lugar das mulheres no cinema de terror”.

As crianças nunca são esquecidas, e os “Sustos Curtos” são uma compilação de filmes em que o terror está presente, numa forma lúdica e divertida, segundo a nota à imprensa.

Esta edição, contou ainda com um lounge exterior, um dj set, e um incrível espaço de conversa, networking e convívio entre aficionados, realizadores e staff.

 

MotelX O Lounge e a Segurança

O Lounge e as medidas de  Segurança Sanitária, Foto © MotelX

 

Foram 7 dias em cheio onde mais uma vez, a organização primou pelo respeito das normas da DGS, sem que fosse retirada a magia de um festival de cinema. Fomos presenteados com excelentes filmes, palestras e momentos que nos fazem aguardar ansiosamente a próxima edição, que já tem data marcada, de 6 a 12 de setembro de 2022.

E nós, lá estaremos!


Leia as nossas críticas aos filmes MotelX 15:

Considera, por favor fazer um donativo ao Artes & contextos.
Ajuda-nos a manter viva e disponível a todos esta biblioteca.

0

Como classificas este artigo?

Licenciada em História da Arte, apaixonada por arte e fotografia, com o lema: a vida só começa depois de um bom café, e uma pintura de Velázquez.

Jaime Roriz Advogados Artes & contextos