After off Head
Exposição com obras de Isabel Contreras Botelho, Tim Madeira e Antonio Alves da Costa.
A exemplo da que já tinha sido apresentada em 2019, “Off – Head”, também pelos 3 artistas plásticos, e trabalhada a 6 mãos por estes 3 amigos que, sem nunca terem trabalhado juntos, “encaixaram” na perfeição.
Um fotógrafo e 2 pintores; o dilema não deve ser fácil na altura de cada um executar a sua parte sem se sobrepor ao trabalho que já foi feito por qualquer um dos outros.
Sendo que, ainda por cima, estavam todos separados.
Tim Madeira, pintura abstrata, “estraga”, no bom sentido, a fotografia preciosa e tão cuidadosamente bem tirada de António Alves da Costa, o que já de si me parece uma pena, depois segue-se Isabel Contreras Botelho, que embora seja uma senhora, é sempre a última a intervir; pintura absolutamente figurativa que vai ter que “encaixar” no que os outros dois já fizeram.
Calculo que não seja um trabalho muito fácil, entregarem-lhe uma tela de, por exemplo, 2m x 2m para onde se olha e, na realidade, parece que está pronta e ainda conseguir descobrir o espaço onde vai aparecer o seu porco (neste caso), ou qualquer outra figura do imaginário de Isabel Contreras Botelho.
Não deve ser nada fácil. Mas arriscaram e não se saíram mal, pelo contrário, temos em After off Head obras fantásticas e de uma imaginação única feitas pelos 3, portanto a 6 mãos, e obras igualmente fantásticas feitas individualmente, em que cada um apresenta realmente o seu tipo de trabalho mais habitual.
Mas não há nada melhor do que sair da nossa zona de conforto e tentar outras técnicas, outras formas de trabalhar, novos materiais, etc.
De uma coisa podemos ter sempre a certeza, é de que vamos sempre poder voltar a começar de novo, e só isso afasta qualquer receio e leva-nos a arriscar sempre mais e mais.
Estão de Parabéns pela coragem e atrevimento de se “meterem” numa aventura destas, assim como pela “boa onda” que sempre criam à sua volta, seja a trabalhar, seja a festejar com os amigos os resultados do seu trabalho.
Em exposição até Janeiro 2021, no átrio do Núcleo Central do Tagus Park vale a pena lá passar e divertir-se com algumas das obras, pois é impossível olhar e ficar indiferente. É preciso atenção para descobrir onde está a galinha, os carneiros ou até o porco.
E volto ao que já anteriormente questionei, “já imaginou o que era ter um porco ou até uma galinha, à janela na parede da sua sala?”
Aposto em como não vai conseguir descobrir onde está a galinha…
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De olhar sempre atento, perscrutando o belo à minha volta, observo e absorvo para, divagando pela palavra, revelar e ajudar a trazer à luz o que vou encontrando pelo caminho
Obrigada.
Florisa