Verão o Outono
Exposição de Teresa Mendonça e Luzia Lage
Sábado à tarde, Sol maravilhoso, mesmo apetitoso para uma saída e apreciar a exposição “VERÃO O OUTONO”, assinada por Teresa Mendonça e Luzia Lage, na CNAP, em Telheiras, que nos presenteia com obras destas duas artistas plásticas, que não precisam de apresentação. Mas ainda assim…
Teresa Mendonça,
nome sobejamente conhecido nas artes plásticas, enveredou pela pintura referenciando-se na obra do Mestre Hilário Teixeira Lopes, do qual sofre forte influência, segundo a própria.
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Mais tarde e durante toda a sua carreira vai percorrendo o seu próprio caminho onde a abstração e o uso de milhentas cores, tonalidades, materiais, etc. sobressaem claramente.
Optando sempre por combinações de cores arrojadas vai “construindo” obras onde a estética e o equilíbrio das linhas e formas que, tanto nos parecem, por vezes, feitas ao acaso, resultam numa obra que nos envolve em sombras, tonalidades, volumes que criam aquele mistério que sempre encontramos no trabalho de Teresa Mendonça.
Detentora de vários prémios até ao dia de hoje, continua a sua obra sem nunca nos desiludir, muito pelo contrário, ficamos sempre a aguardar, quando será a próxima?
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Luzia Lage
uma artista amplamente premiada, continua a apresentar-nos obras de uma sensibilidade única.
O trabalho de Luzia Lage centra-se muito na figura humana, tanto feminina como masculina, mas maioritariamente feminina em que personifica ações e lendas, como é o caso da Rainha Stª Isabel ou personagens de uma simbologia em que a figura materna sobressai nas suas ações, transfigurando-se e reintegrando-se na própria natureza.
Aparece-nos “O Menino Verde”, figura da simbologia cuja tarefa ligada à era em que vivemos, de poluição, da agressividade é precisamente despoluir, humanizar-nos e aos poucos também ele próprio nos vai reintegrando e ajudando a salvar a nossa própria natureza, contrariando esta negatividade e levar-nos com a sua inocência a caminhar na direção certa.
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Igualmente premiada por diversas vezes e representada em várias coleções particulares nacionais e internacionais, Luzia Lage continua com as suas figuras, tendo sempre em comum o rigor do desenho, a transfiguração do corpo e a liberdade do espaço.
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Afinal “Arte é mistério!” e não nos esqueçamos que cada obra não termina nas mãos do artista, mas pelo contrário a sua vida começa, quando os seus apaixonados as vão vendo diariamente e de cada vez que as olham, sentem e veem um sentimento diferente ou outra interpretação que não era a do dia anterior e que todos os dias nos vão proporcionando diferentes sensações.
Ajuda-nos a manter viva e disponível a todos esta biblioteca.
Esse é afinal o grande mistério!
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De olhar sempre atento, perscrutando o belo à minha volta, observo e absorvo para, divagando pela palavra, revelar e ajudar a trazer à luz o que vou encontrando pelo caminho