Rone
O artista estabelecido em Melbourne, Rone, acabou de lançar o seu primeiro volume “de mesa de sala”.
O livro autotitulado apresenta uma retrospetiva dos seus trabalhos, explorando a sobreposição e a relação, frequentemente controversa, entre a beleza e a decadência, como entre a juventude contra a ruína, cada uma a puxar para o seu lado.
Como uma das figuras pioneiras na arte do muralismo de larga escala, as suas técnicas inovadoras pavimentaram o caminho para novos artistas que vieram depois dele, definindo a norma e o enquadramento para o crescimento meteórico dos queridinhos da arte de rua do início dos anos 2000.
Famoso pelo seu retrato estilizado de musas femininas melancólicas, a sua progressão para instalações intrinsecamente detalhadas, com colaborações com parceiros talentosos como a designer Carly Spooner e acompanhando bandas sonoras em vinil, colocaram-no vários passos à frente da concorrência e marcaram o interesse por parte de instituições internacionais como a NGV.
A paixão de Rone pelo efémero e o fascínio com a transição dos espaços de úteis e familiares, para abandonados e destruídos, levou-o a desenvolver a criação de exposições imersivas com expectativas de vida limitadas.
Explorando dentro da esfera da arte pública, frequentemente sensível, parece que o trabalho externo de Rone reflete algumas das introspeções internas que deve observar no processo da sua prática.
Experienciando a relação frequentemente difícil entre criadores e a transição das casas das pessoas, à medida que abrem caminho à «criação de espaços» e à pegada cada vez maior do progresso, Rone levanta o véu deste discurso contínuo no seu discurso visual.
O livro apresenta um corte transversal profundo do trabalho de Rone através das suas múltiplas disciplinas, o seu trabalho na rua, o atelier, e as suas instalações fugazmente efémeras.
Os trabalhos são acompanhados por redações que traçam a evolução da carreira de Rone ao longo das duas últimas décadas, analisando as suas representações de mulheres, e visitando os bastidores da sua instalação mais tecnicamente avançada e prodigiosa até à data: Empire (2019), estabelecido em Burnham Beeches, uma mansão Art Deco dilapidada e em desuso nos arredores de Melbourne.
O mais recente empreendimento de Rone, com a Galeria Geelong, «Rone in Geelong», apresentando a primeira pesquisa detalhada da carreira de RONE foi adiado para fevereiro de 2021.
O artigo original foi publicado em @StreetArtNews
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Este artigo foi traduzido do original em inglês por Inês Carvalho
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