Pompeia

Pompeia acrescenta três novas Domus ao seu passeio público
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24 de Março, 2020 0 Por Artes & contextos
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Também o tempo torna tudo relativo.

Este artigo foi inicialmente publicado há mais de 3 anos - o que em 'tempo Internet' é muito. Pode estar desatualizado e pode ter incongruências estéticas. Se for o caso, aceita as nossas desculpas.

Pompeia tem três novas Domus

 

Ao fim de quarenta anos, e após a realização de obras de restauração desde 2014, uma das jóias desta cidade romana, a Casa dos Amantes (século I a.C.), descoberta nas escavações de 1933 e que teve que ser fechada devido aos danos sofridos no terramoto de Irpina em 1980. Duas outras casas patrícias também foram restauradas, a Casa do Navio Europa e a Casa do Horto.

Como refere Massimo Osanna, diretor do Parque Arqueológico de Pompeia: ” Já não há emergências em Pompeia”. Estamos diante de novos e importantes desafios para a proteção, conhecimento e valorização das escavações e do território”. O Ministro do Património Cultural e das Actividades e Turismo, Dario Franceschini, acrescenta que este caso é “(…) um modelo para toda a Europa na administração dos fundos comunitários”.

De facto, o extraordinário plano de protecção das estruturas arqueológicas da antiga cidade de Pompeia, lançado em 2014 com o “Grande Projecto Pompeia”, foi completado com o cumprimento das Normas de Segurança nas Regiões I, II e III.

No balanço destes cinco anos, concluídos em 30 de Janeiro de 2020, foi contabilizado um total de 92 milhões de euros, distribuídos de forma muito eficaz.

Depois de décadas, voltou-se para uma parte da cidade que não tinha sido tratada até agora. Os estudos em curso forneceram dados significativos para o conhecimento de Pompeia, bem como descobertas excecionais.

As novas escavações estão concentradas nos mais de 2,7 km que representam os 22 hectares ainda a serem escavados.

Casa dos Amantes em Pompeia.

Sobre estas linhas, detalhe de um dos frescos da Casa dos Amantes. Na foto em destaque, vista desta domus em Pompeia.

E agora, após muitos anos, três novas Domus foram reabertas ao público, elevando o número de edifícios restaurados para 45, com as correspondentes normas de segurança para a sua acessibilidade. Recordemos que a Domus era um tipo de habitação usada na Roma antiga. Era uma residência urbana privada e era diferente da vila suburbana (fora das muralhas) ou da vila rústica (no campo). A Domus era a habitação – uma vivenda – das famílias patrícias, enquanto as classes pobres residiam em edifícios chamados insulae (casas dos inquilinos).

Entre as três Domus preparadas para visita pública, encontra-se a Casa dos Amantes, descoberta nas escavações de 1933 e localizada no Regio I, e que permaneceu fechada desde os anos oitenta, quando, devido aos danos registados pelo terramoto de Irpinia em 1980, se tornou imperativo fazer um suporte da cobertura do átrio e do peristilo, ocultando a leitura dos espaços e as decorações das Domus. Com o tempo, o estado de conservação da casa piorou tanto que tornou a entrada para este espaço inacessível até para os técnicos. Esta Domus tira o seu nome do verso romântico latino inscrito num quadro com patos à direita da sua entrada: “Os amantes levam, como as abelhas, uma vida tão doce como o mel”;

Casa dos Amantes em Pompeia

Uma das restauradoras trabalhando numa das pinturas da Casa dos Amantes.

A Casa do Horto (na Via del Abbondanza), escavada em 1913 e 1951, beneficiou das normas de segurança correspondentes e os conjuntos decorativos nos cubículos (quartos) também foram restaurados.

Pompeia

Pormenor de uma das árvores da Casa do Horto.

Famosa pelos maravilhosos frescos sobre fundo azul e preto, ricamente decorados com uma vegetação florescente de árvores frutíferas que resguardavam os antigos habitantes desta moradia. Destaca-se também o átrio, decorado com um mosaico preto e branco, bem como uma mesa de mármore sobre uma coluna. Esta casa é um dos mais belos exemplos de pintura de jardim descoberto na cidade, e ao contrário das outras Domus, onde este tipo de pintura foi reservado para as salas de representação, aqui é encontrado nos quartos.

E finalmente, a Casa do Navio Europa (cujo núcleo original remonta ao século III a.C.) tem uma história complexa de numerosas modificações e extensões. As monumentais colunas de tufa do peristilo, que tem várias divisões, e as decorações de “primeiro estilo” conservadas em alguns espaços da casa pertencem às fases mais antigas da construção e aos períodos de maior esplendor da Domus, que deve o seu nome ao grande fresco pintado na parede norte do peristilo, onde está representado um grande navio de carga, chamado Europa, ladeado por outras embarcações de menor porte

Pompeia

Fresco com um barco.

Pompeia

Pormenor da Casa do Horto

 

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Este artigo foi traduzido do original em castelhano por Redação Artes & contextos

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