
Rosetta Tharpe a Mulher que inventou o Rock n’ Roll0 (0)
28 de Fevereiro, 2020
Uma Introdção a “Sister” Rosetta Tharpe
Quando alguém a questionava sobre a sua música, ela respondia: “Oh, estes miúdos e o rock and roll – isto é apenas ritmo acelerado e blues”. Eu faço isto desde sempre.”
– Gayle Wald, autora de Shout, Sister, Shout!: The Untold Story of Rock-and-Roll Trailblazer Sister Rosetta Tharpe

O que têm em comum Elvis Presley, Chuck Berry, e Little Richard, além de pertencerem à categoria de estreantes (e todos homens) do Rock and Roll Hall of Fame?
Todos foram profundamente influenciados por Sister Rosetta Tharpe, a madrinha do Rock and Roll, e tema do ensaio em vídeo da Polyphonic, acima.
(Eu reconsideraria a opção do autor em não mostrar o trabalho da mão direita de Tharpe e substituir a sua imagem por um recorte obscuro e desnecessário sobreposto às filmagens de um concerto de arquivo. Veja aqui uma versão que mostra o que deve ser apreciado.)
Berry descreveu a sua carreira como “uma longa personificação de Rosetta Tharpe”.

Presley foi seduzido pelo seu estilo único de tocar, gravando várias canções que tinham sido êxitos na igreja de Tharpe, incluindo “Up Above My Head,” “Just A Closer Walk With Thee,” “This Train e Down By The Riverside.”
E a primeira grande oportunidade de Little Richard surgiu aos 14 anos com os elogios de Tharpe, depois de o ouvir cantar alguns dos seus temas gospel e o ter convidado espontaneamente para abrir ao público o seu concerto no Auditório Macon City.
https://youtu.be/MnAQATKRBN0?feature=oembed&w=810&h=500
Ela foi pioneira de pioneiros de formas que vão muito além do rock and roll:
Ela foi uma das poucas artistas afro-americanas a aparecer num V-Disc, num esforço conjunto do governo e da indústria discográfica para enviar discos de 78RPM para as tropas no estrangeiro durante a Segunda Guerra Mundial.
O seu autocarro foi o primeiro personalizado e auto-desenhado da indústria musical, assegurando que ela e a sua companheira de digressão (e alegada amante), Marie Knight, duas afro-americanas em digressão, durante o período de segregação, pudessem jantar e dormir confortavelmente e em seguurança.
Contratou os Jordanaires, um grupo vocal de homens brancos para suporte no Grand Ole Opry, uma decisão ousada para uma artista negra em 1938.

O seu estilo, e provavelmente o seu carácter pessoal, devia-se muito à sua mãe, a evangelista Katie Bell Nubin, cantora e bandolinista, que se mudou do Arkansas para Chicago, para se juntar a uma congregação pentecostal onde as mulheres podiam pregar e onde ” Rosie”, de seis anos de idade, era colocada em cima do piano, para que as pessoas lá atrás pudessem vê-la enquanto actuava.
Após um curto casamento com um pregador, Tharpe foi para Nova York, onde iniciou uma carreira secular, atuando em clubes nocturnos com estrelas como Duke Ellington e Cab Calloway.
O lado negativo da glorificação dos futuros gigantes do rock and roll foi a rejeição de muitos dos cristãos devotos que celebraram seus dons quando eram oferecidos num contexto puramente evangélico.
A sua fama acabou poor ser ofuscada pela ascensão daqueles que ela tinha influenciado
O público pode tê-la esquecido durante algum tempo, mas os nomes das estrelas que lhe estavam em dívida não se esqueceram.
Johnny Cash a lembrou-a como uma das suas heroínas no seu discurso de entrada no Rock and Roll Hall of Fame em 1992.
E finalmente há três anos, a Madrinha do Rock and Roll foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame.

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O artigo original The Woman Who Invented Rock n’ Roll: An Introduction to Sister Rosetta Tharpe, foi publicado @ Open Culture
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Este artigo foi traduzido do original em inglês por Redação Artes & contextos
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