Monstros Fantásticos e onde Encontrá-los

Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los
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16 de Novembro, 2016 0 Por Inês Faustino
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Também o tempo torna tudo relativo.

Este artigo foi inicialmente publicado há mais de 6 anos - o que em 'tempo Internet' é muito. Pode estar desatualizado e pode ter incongruências estéticas. Se for o caso, aceita as nossas desculpas.

Newt Scamander (Eddie Redmayne), magiozologista inglês, desembarca em Nova Iorque, vindo da sua expedição mundial. Estamos nos fantásticos anos vinte americanos, cuja visão nos é dada dada através do guarda-roupa singular e cenários de época. Como é o caso da representação veiculada do modelo T da Ford nos long-shots às ruas de Nova Iorque, que admite a revolução industrial e, o estilo flapper que aparece muito vincado nas personagens femininas Porpentina (Katherine Waterston) e Quennie (Alison Sudol), mas também no bar de Gnarlack (Ron Perlman) onde se faz uma alusão à musica jazz e aos “Loucos anos 20”pela imagem da cantora de Jazz (Kirsty Grace). Vivem-se, portanto, tempos importantes no mundo da feitiçaria.

Scamander chega com um objetivo específico: continuar estudo de criaturas mágicas para o desenvolvimento do seu livro. E o que parecia um equivoco inocente –  Jacob (Dan Folger), um NoMag (muggle), troca a sua mala com a do feiticeiro – acaba por desencadear uma série de peripécias, que posicionam Scamander numa situação delicada. E entre a vigilância apertada da MACUSA (Magical Congress of the United States); a contínua busca por criaturas mágicas que poderão, ou não, ter desaparecido; os graves destroços causados pelos Obscurus que têm aparecido pela cidade, vão fazer desta, uma viagem que Newt Scamander dificilmente irá esquecer.

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Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los torna-se muito interessante porque para além de parodiar as dicotomias entre os EUA e GB no mundo da feitiçaria, de maneira elegante, consegue também, estando aliado ao universo Harry Potter, distanciar-se dele, criando uma narrativa original e não dependente do conhecimento prévio das histórias já conhecidas pelo grande público. É através deste universo paralelo, com uma história fresca, que a introdução de novos personagens – Percival Graves (Colin Farrel), Credence (Erza Miller) ou Quennie (Alison Sudol)- confere força à narrativa. Também o desenvolvimento de personagens já conhecidas, num contexto diferente, produz a autonomia necessária para que esta seja uma história individual e conquiste o seu próprio estatuto nos grandes ecrãs.

Uma aposta promissora pela Warner Bros., que junta a realização de David Yates, à incrível interpretação a que Eddie Redmayne já nos habituou, o que aliado à grande legião de fãs do já conhecido universo de Harry Potter, faz desta uma obra a não perder. Pelas barbas de Merlin!

 

 

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Jaime Roriz Advogados Artes & contextos