Uma História de Amor e Trevas Artes & contextos Uma história de Amor e Trevas FI

Uma História de Amor e Trevas
0 (0)

18 de Março, 2016 0 Por Sara Sanches
  • 2Minutos
  • 334Palavras
  • 50Visualizações
Também o tempo torna tudo relativo.

Este artigo foi inicialmente publicado há mais de 7 anos - o que em 'tempo Internet' é muito. Pode estar desatualizado e pode ter incongruências estéticas. Se for o caso, aceita as nossas desculpas.

Uma História de Amor e Trevas

Uma história de Amor e Trevas

Baseado nas memórias que Amos Oz tem de crescer em Jerusalém com os pais, nos anos que antecederam a criação do Estado de Israel, esta obra destaca-se sobretudo por dois motivos: o contexto histórico no qual se insere a narrativa e a iniciação de Natalie Portman, conhecida estrela de Hollywood, nas performances da realização.

Quanto ao filme em si, a ação decorre em Jerusalém, no ano de 1945, altura em que o território se encontra sob o mandato britânico, e retrata o quotidiano de uma família judia da classe média, composta pelo pai (Arieh), pela mãe (Faina) e pelo filho (Amos). Perante o conflito israelo-palestiniano, estes têm que aprender a lidar da melhor forma possível com o terror da guerra, e as consequentes fugas, a tensão racial, os dramas familiares, bem como as expectativas pessoais de cada um.

Considera, por favor fazer um donativo ao Artes & contextos.
Ajuda-nos a manter viva e disponível a todos esta biblioteca.

Fania, romântica e sonhadora, deposita todos os seus sonhos de uma vida diferente no futuro pós-guerra. Quando a independência não traz consigo o sentido de vida que esperava, ela embarca numa viagem sem volta rumo à tristeza e à solidão. Cada vez mais infeliz no casamento e intelectualmente sufocada, Fania não consegue lidar com o tédio da vida quotidiana. Para se animar e entreter o pequeno Amos, por quem nutre um amor incondicional, ela começa a inventar histórias de aventuras e caminhadas através do deserto. Uma vez sozinha com os seus pensamentos, refugia-se num mundo de fantasias românticas com um jovem e viril desconhecido.

Impotente perante o vazio da sua vida, Fania mergulha numa profunda depressão. Não obstante todos os esforços da família e dos amigos, nada apazigua o seu coração e muito menos acalma a sua angústia. Neste sentido, a morte afigura-lhe como “um amante tenebroso, sedutor e sedento de companhia”, ao qual foi impossível resistir.

 

Como classificas este artigo?
Jaime Roriz Advogados Artes & contextos