O Cavaquinho no Guinness

O Cavaquinho no Guinness
0 (0)

23 de Junho, 2015 2 Por Rui Freitas
  • 3Minutos
  • 645Palavras
  • 129Visualizações
Também o tempo torna tudo relativo.

Este artigo foi inicialmente publicado há mais de 8 anos - o que em 'tempo Internet' é muito. Pode estar desatualizado e pode ter incongruências estéticas. Se for o caso, aceita as nossas desculpas.

No passado dia 6 de junho nas instalações do Colégio da Imaculada Conceição (CAIC) em Cernache/Coimbra propunha-se estabelecer um novo recorde mundial, o “The Largest Cavaquinho Ensamble”.

O objetivo era juntar o maior número possível de pessoas a tocar cavaquinho. O Guinness World Records exigia que estivessem
presentes 250 tocadores/cantores a tocar/cantar durante pelo menos cinco minutos, mas o evento reuniu quinhentas e uma pessoas, duplicando assim o número necessário. Foram várias as gerações que se juntaram à volta do instrumento mais mágico e agregador da nossa música tradicional, o dia foi bonito com sol, com imensos jovens tocadores e com alguns grupos de cavaquinhos seniores que iam salpicando o recinto com algumas canções tocadas de forma espontânea.

O Cavaquinho no Guinness

Vista da Bancada

Marcaram também presença os construtores de cavaquinhos portugueses tais como a APC, Alfredo M. Machado e António Faria Vieira, e outras associações ligadas ao instrumento e à tradição tais como a Associação Cultural e Museu Cavaquinho e a Tradisom.

O Cavaquinho no Guinness

Os Stands dos Construtores

Esteve presente Júlio Pereira, um grande cúmplice deste pequeno instrumento e que o incorporou em quase toda a sua discografia, a sua presença foi um tónus para todos os participantes. Houve também lugar ao lançamento do disco “O Cavaquinho do Amadeu” de Amadeu Magalhães, outro exímio tocador de Cavaquinho.

O Cavaquinho no Guinness

Cavaquinhos em Construção

Tão importante ou mais do que o recorde foi o prazer coletivo que se atingiu no acto plural, o entusiasmo e a alegria foram ingredientes inerentes e naturais. Como participante pude observar de perto oentusiasmo de todos, no caso dos mais novos os smartphones foram mesmo, ainda que por alguns momentos, relegados para segundo plano, com todo o mérito para este pequeno instrumento mágico.

O Cavaquinho no Guinness

Espera à sombra e sem Smartphones

 

Novos e menos novos juntaram-se “os dois à esquina a tocar o cavaquinho e a cantar o Sol e Dó” e colocaram a sua arte “na medida do possível” ao serviço do Tiro-Liro, a canção escolhida para o evento.

O Cavaquinho no Guinness

A Alegria nas Bancadas

Parabéns à Associação de Estudantes do CAIC, os impulsionadores do evento, pois o recorde entretanto já foi validado e passará, na próxima edição, a constar no livro Guinness World Records.

O Cavaquinho no Guinness

O Cartaz 🙂

 … que indicava a direcção para a entrada do Colégio da Imaculada Conceição em Cernache, Coimbra. Umas instalações magnificas,com edifícios bem cuidados, várias instalações desportivas, um jardim lindíssimo, com um lago e um laranjal. Foi dispensada qualquer tecnologia e mestria publicitária mas a cumprir com o que lhe estava incumbido.

Cavaquinho no Guiness

A tshirt do evento distribuída aos participantes.

Antes de começar o ataque ao recorde as pessoas foram agrupadas na bancada em grupos de 50 para que a contagem fosse feita de modo mais preciso.

Cavaquinhos APC

Cavaquinhos APC

Havia no local uma àrea onde os construtores de cavaquinhos mostravam nos seus “Stands” variados instrumentos tradicionais com enfoque nos cavaquinhos.  Uma das premissas ara efectuar a inscrição era fazer-se acompanhar de um cavaquinho, mas quem viesse sem cavaquinho podia comprar um por pouco mais de 60€.

Cavaquinho no Guiness

Cábula do tema escolhido

Considera, por favor fazer um donativo ao Artes & contextos.
Ajuda-nos a manter viva e disponível a todos esta biblioteca.

Para o ataque ao Guinness foi escolhido o Tiro-Liro um tema tradicional Transmontano que ficou ainda mais celebre depois de em 1973 Amália Rodrigues o ter cantado e gravado em disco.

O Cavaquinho no Guinness

A propósito, uma leitura atenta das últimas do Cavaquinho


Como classificas este artigo?

Jornalista, Diretor. Licenciado em Estudos Artísticos. Escreve poesia e conto, pinta com quase tudo e divaga sobre as artes. É um diletante irrecuperável.

Jaime Roriz Advogados Artes & contextos