
Vitorino Nemésio0 (0)
11 de Maio, 2015
Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva foi um erudito, um intelectual e um académico, um homem que possuía uma biblioteca pessoal com cerca de 14 mil volumes, e um dos mais cultos portugueses do século XX, mas que se considerava acima de tudo um poeta. Artisticamente explorou para além da poesia, a novela, o romance, o conto e escreveu uma peça de teatro.
Nasceu em 1901 na Praia da Vitória, Angra do Heroísmo e esta ilha, a sua ilha natal, acompanhá-lo-á ao longo da vida na sua escrita em memórias e alusões diversas. Cresceu no seio de uma família católica “não beata” e a religiosidade terá na sua vida altos e baixos. Chegou a desejar ser padre em menino, mas não foi mais longe do que ajudar à missa na Igreja Matriz. Cresceu numa família patriarcal, no meio insular rural e piscatório, de belas paisagens e junto ao mar. Casou em 1926 com Gabriela Monjardino com quem teve quatro filhos e era considerado um homem muito afetuoso, e muito apegado à família.
Mas o futuro brilhante de homem das letras, um dos mais cultos portugueses do séc. XX, não se adivinharia pelo início da sua carreira estudantil. Depois da escola primária, fez parte do curso liceal em Angra de onde foi transferido por problemas de comportamento para a Horta. Ali, muito jovem começou a entusiasmar-se com os ideais republicanos e algumas ideias anarquistas. Terminou o 5º ano do liceu aos 18 anos com dez valores, sentindo-se incompreendido pelos professores. Alistou-se no exército, em infantaria como voluntário e rumou a Lisboa. Em 1921 inscreveu-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mas em 1924 desistiu de Direito em favor Ciências Geográficas e de qualquer modo, dedicava mais tempo às tertúlias à discussão política do que aos estudos. Não sendo ainda este o curso que lhe agradava, transitou para Filologia Românica da mesma faculdade, curso que viria a terminar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, para onde se transferira em 1930 com classificações altas. Iniciou então uma longa carreira no ensino que começou aí lecionando Literatura Italiana e a seguir Literatura Espanhola. Viria ainda mais tarde enquanto Professor Catedrático a lecionar Literatura Portuguesa, Literatura Brasileira e História da Cultura Portuguesa.
Como docente universitário estagiou em França, na Bélgica, no Brasil, em Espanha e na Holanda. Em 1934, doutorou-se com uma tese subordinada ao título A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio e nesse mesmo ano começou a desempenhar funções de chargé de cours na Universidade Paul Valery de Montpellier, onde mais tarde (1965) foi distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa; em 1937 radicou-se na Bélgica onde ensinou na Universidade Livre de Bruxelas (“Maître de Conférences” e “Professeur Agréé”); regressou dois anos depois para lecionar na Faculdade de Letras de Lisboa de que se tornou diretor em 1956. Em 1958, rumou ao Brasil e durante dois nos, lecionou na Baía, no Ceará, também aqui doutorado Honoris Causa e no Rio de Janeiro.
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Apesar de tudo, passou por dificuldades económicas em muitos momentos da sua vida e teve sempre no jornalismo, que também era uma paixão, mais um recurso que começou em 1921 como repórter do jornal A Pátria, em Lisboa, (neste ano teve papel ativo nas greves na capital e na participação em comícios). A seguir, colaborou com as revistas: Bizâncio de Coimbra em 1923, Seara Nova em 1928, a Presença, em 1930, a surrealista de António Pedro Variante e a Vértice em 1942, e a Observador em 1971; com os jornais Diário Popular em 1946 e O Diabo (1935); em 1924 fundou a revista Tríptico; em 1925 foi redator principal do jornal Humanidade (quinzenário de Estudantes de Coimbra); em 1926, fundou e dirigiu o jornal Gente Nova; em 1937, fundou e dirigiu em Coimbra a Revista de Portugal, que segundo alguns, apareceu como uma reação ao movimento da Presença e em 1975 assumiu por um curto período a direção de O Dia.
Em 1972, depois de ter aceitado um convite para diretor do jorna O Século, o que representaria um alívio nas contas da família, aquele foi imediatamente retirado depois de numa entrevista à Flama, ter dito que o perfil editorial do jornal seria “pluralismo de opinião, tolerância, diálogo, representatividade dos grupos e direito de resposta”. Era democracia a mais.
Em 1960 teve intervenção na reforma dos planos de estudos das Faculdades de Letras e viajou para Angola e Moçambique para implementação dos cursos de extensão universitária a instalar nas cidades de (então) Luanda e Lourenço Marques.
Dado o alcance do seu prestígio nacional e internacional, Salazar convidou-o em 1961 por carta para integrar a Câmara Corporativa, um órgão consultivo do estado, representativo das corporações e das autarquias, substituído após o 25 de abril pelos, Conselho Nacional do Plano e Conselho Económico e Social. Desta vez recusou corajosamente o convite.
Em 1965 recebeu o Prémio Nacional de Literatura, pelo conjunto da sua obra.
Em 1969 passou a partilhar a sua conceção do mundo, as suas memórias e de algum modo a sua autobiografia no programa televisivo “Se Bem Me Lembro…”. O programa foi cancelado em 1975.
Em meados dos anos 70, no fervor anti-gonçalvista e independentista dos Açores chegou a ser invocado como figura hipotética para Presidente de uns Açores independentes.
Em 1974 e pela sua experiência cultural europeia recebeu o Prémio Montagine, da Fundação Freiherr von Stein/Friedrich von Schiller, de Hamburgo.
A sua vida e a sua obra misturam-se naturalmente; das vivências literárias, sociais, científicas, sempre com algo de autobiográfico, nas viagens, nas marcas da insularidade e mesmo na religiosidade. Viveu os acertos e desacertos da primeira república, as duas grandes guerras mundiais e o 25 de abril. Pelos seus dezoito anos – no final da I Grande Guerra – a Horta era uma cidade de algum cosmopolitismo. Por um lado, por se tratar de um porto de escala importante, obrigatória em termos transatlânticos, tinha o movimento normal que o reabastecimento das embarcações levava ao comércio e o provocado pelos marinheiros que procuravam repouso e alguma diversão, trazendo alguns períodos de uma movimentada vida noturna; por outro porque também na Horta estavam instaladas importantes representações das companhias de cabos telegráficos submarinos o que instalava funcionários de várias nacionalidades. Durante a Segunda Grande Guerra toda sua ilha Terceira sofreria profundas modificações pela “invasão” primeiro dos ingleses e depois dos americanos com a concessão da base das Lages à R.A.F. e à U.S.A.F. respetivamente. Todo este ambiente, associado ao seu gosto contrastante pelo popular, desde as coisas artesanais até ao vocabulário das gentes, o marcaria indelevelmente.
Na sua poesia fala de Deus e da morte, de insignificâncias e de emoções grandiosas, é um poeta do amor, e da sensualidade, um humanista.
Era para escrever que ele vivia e através da poesia, partilhava a sua vida, os seus anseios, os seus receios, as suas paixões, envolvido no ambiente familiar ou fora dele, mas sempre tocado por ele e por Deus, de que apenas se afastou temporariamente pelas inconstâncias da adolescência.
As suas referências nas viagens, em que conviveu com figuras importantes da cultura europeia, como Valery Larbaud, Miguel de Unamuno, Ortega y Gasset ou em tudo o que estudou e viveu, não escondem aquelas da origem. Deixa-se surpreender pelo real e transforma-o. A sua ilha ou as suas ilhas, as suas paisagens, também humanas, fazem parte da sua meditação ao encontro das transcendências da sua sensibilidade em que a filosofia e a poesia se tocam. Inventou o termo “açorianidade”, muitas vezes apropriado pelos independentistas e que se expandiu como ele eventualmente não previu, quando o que pretendia era afirmar a sua condição de ilhéu identificada como expressão estética, uma literatura açoriana, fruto do isolamento e exacerbada pelo desterro que ao mesmo tempo reforça a ligação.
Aproximou-se do mote “presencista” e chegou a colaborar na revista, motivado pelos seus propósitos, que se ligavam ao primeiro modernismo de valorização na arte do individual sobre o coletivo, do psicológico sobre o social e da intuição sobre a razão e explorando o cariz simbólico e imagético da linguagem. Apesar desta aproximação foi mais longe na intensidade dos propósitos e contribuiu para a transformação das tendências da Presença. Ao longo da sua obra podem encontrar-se sabores de algum realismo, toques de simbolismo e saudosismo e até surrealismo, mas Nemésio manteve-se distante de confessionalismos.
Publicou o seu primeiro livro de poesia Canto Matinal em agosto de 1916, com 15 anos, mas a sua obra-prima seria o romance Mau Tempo no Canal, publicado em 1944.
Mau Tempo no canal é uma obra densa e complexa, uma das obras primas da Literatura Portuguesa, que chegou a ser comparada com a estética de Proust e que começa por nos dar a conhecer um amor que, como tantos outros, vivido numa sociedade estratificada, mesquinha, intriguista e despeitada, nasce condenado. O jovem João Garcia, filho de uma família da baixa burguesia, sem títulos, mas com dinheiro e Margarida Clark Dulmo a filha mais nova de uma família com origens estrangeiras, de uma aristocracia decadente e falida apaixonam-se. As famílias vivem ensombradas por guerras antigas, motivadoras de ódios e de ressentimento. Apesar das respetivas situações económicas, o estatuto dita o desprezo da família de João pela de Margarida e a fraqueza de João não consegue fazer frente aos interesses familiares dos Clark Dulmo, para os quais o casamento de Margarida representará necessariamente a tábua de salvação para os seus problemas económicos e aos quais ela estará disposta a ceder. O enredo decorre nas quatro principais ilhas do grupo central açoriano: Faial, Pico, São Jorge e no final na Terceira, sendo que o foco se desenvolve na Horta. Passa-se entre 1917 e 1919 durante a primeira Grande Guerra e curiosamente, ou não, foi escrito durante a segunda (1939-1944) e longe de se fechar neste amor o romance retrata os Açores e as suas gentes, os baleeiros e o seu tormento; a pobre gente rural, os seus anseios e receios; as paixões, os medos e angústias; o isolamento, a natureza, a luz; a quase aculturação anglo-americana da cosmopolita Horta; o regionalismo em si e também na própria fala do povo. Mas não esquece nem ignora as idiossincrasias de uma sociedade de ilha, ou de arquipélago, fechada em si, pequena e onde tudo é ou parece exagerado e desajustado, mas aberta ao mundo; limitada pelo oceano, mas permeável às agruras, aos afetos, às paixões e aos vícios de todos os continentes. Os conflitos íntimos magistralmente retratados entre emoção e razão das personagens centrais confundidos com o desejo e o interesse jogados entre o social e o privado ofuscados entre orgulho e o mérito, percorrem o romance sumptuosamente coreografado com as ervas dos campos, as vacas, as tempestades, os choros dos pobres o mar a alma de Vitorino Nemésio.
Também o Corsário das Ilhas (1956) tem muito de si misturado com as suas ilhas açorianas e as outras, já que fala da Madeira e até das Canárias. Muito de si e da sua sensibilidade de ilhéu se retrata neste livro que poderá ser visto como crónicas de viagem, (entre 1946 e 1955) mas também como um diário ou um livro de memórias; como um roteiro açoriano do que se vê e do que se não vê, da fauna, da flora, da História; um livro de partilha.
Nave Etérea foi escrita e publicada em Coimbra em 1922 no ano (e em homenagem) da primeira travessia aérea do Atlântico Sul no hidroavião Lusitânia por Gago Coutinho e Sacadura Cabral;
Em 1924, com a publicação do poema Paço do Milhafre inicia-se definitivamente numa escrita com as ilhas e o mar como temas e na fala das suas gentes;
No romance A Varanda de Pilatos, (1927) expõe amores de adolescentes e ideias anarquistas;
Em francês, que dominava perfeitamente, publicou em 1935 “La Voyelle Promise” o seu primeiro livro importante;
Em O Mistério do Paço do Milhafre (1949), recupera peças anteriores como o Paço do Milhafre e acrescenta outras como Quatro Prisões Debaixo de Armas numa reunião de contos, muitos dos quais arrancados às suas memórias de infância;
Em Festa Redonda, Décimas e Cantigas de Terreiro oferecidas ao Povo da Ilha Terceira por Vitorino Nemésio, natural da Dita Ilha (1950) deixa-nos referências, e observações, em poesia com linguagem popular;
O Pão e a Culpa (1955) é o regresso à poesia religiosa, uma afirmação do retorno a Deus e à fé católica;
A filosofia e a religiosidade percorrem as páginas de O Verbo e a Morte (1959) (inclusive leituras de Heidegger);
Limite de Idade (1972) fala-nos por vezes com humor negro de algumas preocupações “expondo” a sua doença, e curiosidade científica (Biologia, Medicina, Física Nuclear), como a bomba atómica. Em 1975, numa homenagem ao Prof. Aurélio Quintanilha, dedicou-lhe esta obra;
Era do Átomo. Crise do Homem (1976) é um conjunto de reflexões em plena guerra fria em volta do caminho que a Humanidade leva, das crises de valores e da personalidade de massas, de novo o fantasma do problema atómico;
O romance O Cárcere (1976) reflete mais uma vez reminiscências da infância e juventude, da sua Praia da Vitória e, segundo o próprio, uma certa influência de Raúl Brandão.
São apenas alguns exemplos.
Em fim de vida surge uma fase de poesia erótica em Caderno de Caligraphia e outros poemas a Marga, (dedicado a Margarida Vitória), um conjunto de poemas escritos a partir de 1973, mas só publicado em 2003 pela Imprensa Nacional/Casa da Moeda.
Pelo meio da poesia e da ficção, desenvolveu trabalhos como Isabel de Aragão, Rainha Santa (1936); outro sobre o Infante D. Henrique, Vida e Obra do Infante D. Henrique, (1960); a biografia de Gomes Leal Destino de Gomes Leal (1953); sobre Gil Vicente A Floresta de Enganos; a recolha Bocage Poesias Várias (1943) e ainda Vida de Bocage (1965); as monografias Relações Francesas do Romantismo Português, (1936) e O campo de São Paulo: a Companhia de Jesus e o plano português do Brasil (1528-1563), uma recolha de palestras, Era do Átomo – Crise doHomem; conferências como a que fez em Coimbra em 1928 sobre O Açoriano e os Açores, ou aquela sobre Le Mythe de M. Queimado em Nice em 1940; estudos teóricos de literatura, ensaios e estudos literários, históricos e geográficos (de que possuía vastíssimos conhecimentos); biografias; conferências, prefácios, traduções, críticas, crónicas, homenagens, entrevistas e artigos na imprensa, num interminável universo de interesses.
A 12 de Dezembro de 1971, atingiu o limite de idade e ao fim de quarenta anos, proferiu a sua última lição na Faculdade de Letras de Lisboa, publicada com esse nome pela primeira vez na Miscelânea de Estudos em honra do Prof. Vitorino Nemésio, (1971).
Morreu em Lisboa, no Hospital da CUF, a 20 de Fevereiro de 1978, tendo sido sepultado no Cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra. A primeira homenagem póstuma foi-lhe prestada pelo Diário Insular, de Angra do Heroísmo
Bibliografia:
Poesia
“Canto Matinal”. Angra do Heroísmo, 1916.
“Nave Etérea”. Coimbra, 1922.
“La Voyelle Promise”. Coimbra, 1935.
“O Bicho Harmonioso”. Coimbra, 1938.
“Eu, Comovido a oeste”. Coimbra, 1940.
“Festa Redonda Décimas e Cantigas de Terreiro Oferecidas ao Povo da Ilha Terceira por Vitorino Nemésio, Natural da Dita Ilha”. Lisboa, 1950.
“Nem Toda a Noite a Vida”. Ática. Lisboa, 1953.
“O Pão e a Culpa”. Lisboa, 1955.
“O Verbo e a Morte”. Colecção Círculo de Poesia. Lisboa, 1959.
“Poesia (1935 1940)”. Colecção Círculo de Poesia. Lisboa, 1961.
“O Cavalo Encantado”. Colecção Círculo de Poesia. Lisboa, 1963.
“Andamento Holandês e Poemas Graves”. Lisboa, 1964.
“Ode ao Rio, ABC do Rio de Janeiro”. Rio de Janeiro, 1965.
“Vesperais (1916 1918)”. Angra do Heroísmo, 1966.
“Canto de Véspera”. Colecção Poesia e Verdade. Lisboa, 1966.
“Violão do Morro (…) Seguido de Nove Romances da Bahia”. Lisboa. 1968.
“Limite de Idade”. Colecção Auditorium (Livro e Disco). Lisboa, 1972.
“Poemas Brasileiros” Lisboa, 1972.
“Sapateia Açoriana”, Lisboa, 1976.
Teatro
“Amor de nunca mais?, Angra do Heroísmo, 1920.
Ficção
“Paço do Milhafre”. Contos. Coimbra, 1924.
“Varanda de Pilatos”. Romance. Lisboa, 1926.
“A Casa Fechada”. Novelas. Coimbra, 1937.
“Mau Tempo no Canal”. Romance. Lisboa, 1944.
“O Mistério do Paço do Milhafre”. Contos. Lisboa, 1949.
Crónica e Viagens
“O Segredo de Ouro Preto e Outros Caminhos”, Lisboa, 1954.
“Corsário das Ilhas Notas de Viagens às Ilhas dos Açores”. Lisboa, 1956.
“Viagens ao Pé da Porta”. Lisboa, 1965.
“Caatinga e Terra Caída Viagens no Nordeste e no Amazonas”. Lisboa, 1968.
“Jornal do Observador”. Lisboa, 1973.
“Era do Átomo Crise do Homem”. Lisboa, 1976.
Biografia e Crítica
“Sob os Signos de agora Temas Portugueses e Brasileiros”. Coimbra, 1932.
“A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio (1810 1832)”. Lisboa, 1934.
“Isabel Aragão, Rainha Santa”, Coimbra, 1936.
“Relações Francesas do Romantismo Português”. Coimbra, 1936.
“Études Portugais Gil Vicente. Herculano. Antero de Quental, le Symbolisme”. Lisboa, 1938.
“Gil Vicente, Floresta de Enganos”. Lisboa, 1941.
“Vida de Bocage”. Lisboa, 1943.
“Moniz Barreto Ensaios de Crítica”. Lisboa, 1944.
“Pequena Antologia da Poesia Brasileira nos Séculos XVII e XVIII”. Coimbra, 1944.
“Ondas Médias Biografia e Literatura”. Lisboa, 1945.
“Perfil de Adolfo Coelho”. Lisboa. 1948.
“Destino de Gomes Leal Poesias Escolhidas”. Lisboa, 1952.
“Portugal e o Brasil no Processo da História Universal”. Rio de Janeiro, 1952.
“Perfil do Prof. Sousa Júnior”. Porto, 1953.
“O Campo de São Paulo A Companhia de Jesus e o Plano Português do Brasil (1528 1563)”. Lisboa, 1954.
“Vida e Obra do Infante D. Henrique”. Lisboa, 1959.
“Problemas Universitários Luso Brasileiros”. Lisboa, 1955.
“Conhecimento da Poesia”. Bahia, 1958, e Lisboa, 1970.
“O Retrato do Semeador”. Lisboa, 1958.
“Almirantado e Portos de Quatrocentos”. Lisboa, 1961.
“Romance, Existência e Visão do Mundo”. Lisboa, 1964.
“Elogio Histórico de Júlio Dantas”. Lisboa, 1965.
“La Génération Portugaise de 1870”. Paris, 1971.
“Quase Que os Vi Viver”, Lisboa, 1985.
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Traduções:
“História da Arte”, de Henri Faure
“O Que É Vivo e o Que É Morto na Filosofia de Hegel”, de Benedetto Croce.
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Jornalista, Diretor. Licenciado em Estudos Artísticos. Escreve poesia e conto, pinta com quase tudo e divaga sobre as artes. É um diletante irrecuperável.